Ao meu amor entristecido.
Pediste-me que poetize,
Pois então pousa tua cabeça dolorida
Tão cheia de quimeras, de ideal, de desesperança,
Sobre o colo brando que acolhe,
De teu amor compadecido.
Hás de me contar nessa voz querida,
Tão querida quando terna,
A tua dor que julgas sem igual,
E eu, pra te consolar, direi o mal
Que à minha alma profunda fez a Vida.
E hás de adormecer nos meus joelhos…
E os meus dedos enrugados, velhos,
Hão de se fazer leves e suaves…
Tais quais flores brancas tombando docemente,
Sobre o teu rosto adorado …