O DNA do explorador da “terra brasilis”.

O Brasil nasceu para o mundo europeu como um processo de exploração predatória de recursos humanos e naturais. Nossa própria denominação da nacionalidade advém do sufixo “eiro”, normalmente identificador de uma atividade ou de uma profissão.

Pois o “brasileiro” em sua origem era o português que, aqui aportando, dedicava-se à derrubada do pau- brasil, madeira nobre, “brasil” de brasa, vermelho a cor preferida das cortes europeias para o tingimento de roupas. Ora, esses homens eram quase sempre criminosos banidos de Portugal e chamar-se “brasileiro” era um adjetivo de significado pejorativo na Europa.

Pois aqueles portugueses e muitos de seus descendentes para a derrubada, transporte e extração da preciosa resina, buscaram escravizar os indígenas, embora a dificuldade de escravizar quem vivia livre em seu habitat natural ou seja, nossas florestas, tenha levado a um primeiro genocídio e, mesmo, a sua rarefação em áreas litorâneas.

Foi frei Vicente do Salvador o primeiro a ter a ousadia de utilizar o termo “brasileiro”, não na antiga significação de tirador de pau-brasil, mas naquela dos nascidos no Brasil. Isto ocorreu apenas em princípios do século XVII, e propagou-se graças à sua “História da custódia franciscana do Brasil”.

Nessa época, aliás, os colonizadores- exploradores de há muito já não mais se interessavam pelo pau- brasil, e desde o século anterior a principal produção do Brasil era o açúcar de cana. E a necessidade de importação de uma mão de obra abundante e barata, que não tivesse qualquer identidade com nossa natureza, foi uma decorrência do agronegócio exportador da cana de açúcar. Como consequência implantou-se um negócio altamente lucrativo, o do tráfico de negros trazidos de diferentes pontos da África e submetidos à escravidão, o qual se estendeu por quase quatro séculos de nossa história.

De todos os modos, nós, brasileiros, nos diferenciamos da denominação dos filhos de outras pátrias, inclusive de países do Novo Mundo, cujos sufixos indicam locais de origem como “anos/inos/ enos” (norte-americanos, mexicanos, colombianos, venezuelanos, argentinos, chilenos etc.).

“Brasileiro” é originário de uma profissão de devastação do meio ambiente!

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