O termo “terrorismo” começou a ser usado no século XVIII, principalmente para designar atos de violência praticado por governos com o objetivo de garantir a submissão da população civil.
Este é um conceito nada bom para aqueles governos praticantes do “terrorismo de Estado”, os quais, como detentores do poder, acham-se na posição de controlar a forma de pensar e a liberdade de expressão.
Enfim, o significado original se perdeu e o termo “terrorismo” passou a ser empregado, principalmente, para atentados em pequena escala”, praticado por pessoas ou grupos* . Embora o termo fosse empregado outrora para denotar a vontade de Impérios que submetiam seus povos e o mundo, agora seu significado está restrito à noção daqueles que incomodam os poderosos; o termo ainda se aplica a impérios inimigos, que podem mudar de categoria de acordo com a necessidade de poder e o tipo de ideologia.
Hoje usamos o termo “terrorismo” para assinalar o uso de ameaça ou o emprego de violência com o propósito de intimidar ou coagir, quer o terrorismo seja do Império, quer do ” ladrão”. Ou seja, os “atos terroristas” tornam-se práticas abomináveis somente quando cometidos por alguém do lado deles e não do nosso. Caso contrário, são atos de autodefesa!
As vítimas do terrorismo internacional nas últimas décadas têm sido os cubanos, países de quase toda a América Latina, e, principalmente, do Oriente Médio, atraídos pela cobiça americana pelo petróleo.
Nessas últimas décadas temos visto Israel, o braço longo do Império Americano, bombardear campos paupérrimos de refugiados palestinos, assassinado civis, geralmente sofrendo apenas arremedos de retaliação; Israel quantas vezes não enviou seus soldados ao Líbano para operações “antiterroristas”, matando e destruindo impunemente; Israel sequestrando navios e despachado centenas de palestinos reféns para campos de concentração; a expansão à força e sob submissão dos palestinos, para implantação das novas colônias por judeus orientais na Cisjordânia, e isto tudo nunca foi considerado “terrorismo”!!!!
Agora, em resposta a uma ação terrorista do Hamas, que deixou mais de mil mortos, destrói toda a faixa de Gaza, território palestino habitado por mais de 2 milhões de seres humanos, massacra propositalmente mais de 30.000 crianças e mulheres, invade impunemente hospitais, leva para locais desconhecidos seus médicos, assassina pacientes! Destrói a população civil pela fome, sede e doenças.
E a isto não se denomina “genocídio”? É, sim, o verdadeiro holocausto do povo palestino!
Os protestos que se levantam, como a voz corajosa do Presidente Lula, são tratadas como antissemitismo, como uma iniquidade!
Iníquos são aqueles que sob o falso manto do antissemitismo que a história já naufragou, defendem o sionismo assassino do governo proto-nazista de Netanyahu.
Obs.: Nos anos 2000, Benjamim Netanyahu foi chanceler do governo de Israel. Em conferência internacional sobre terrorismo, declarou: “O aspecto que define o terrorismo é o assassinato e mutilação deliberados e sistemáticos de civis como o intuito de aterrorizar. ”
Hoje, o que faz Israel?
Referências: *Origens e causas fundamentais do terrorismo internacional. Secretariado da ONU, 1975.
**Los Angeles Times, 28/12/1975.
Chomsky, N.. “Piratas e Imperadores: o terrorismo internacional no mundo real”. Bertrand Brasil.
Uma resposta
O Lula disse o que se está passando em Gaza sem dúvida nenhuma. Só Africa do Sul reagiu com dignidade.
Nada aconteceu …Até quando vamos os povos conscientes vamos aguentar tamanha massacre.
Aqui na França nada se pode dizer sem ser visto como antisemita, amigos do Hamas.
A humanidade é UMA . Viva Lula e Viva Palestina !